domingo, 30 de novembro de 2008
Encontro da Vela e dos caiaques
Realizou-se neste fim de semana a 1ª Travessia Internacional de Caiaque promovida pelo Iate Clube de Jaguarão. Saindo do clube, cruzando todo o Rio Jaguarão até a foz com acampamento na barra. No dia seguinte travessia da barra do Jaguarão até o balneário Lago Merin com aproximadamente 50 Km de percurso. Este trecho, já dentro da Lagoa, foi cumprido com chuva e vento o que se constituiu num teste para a competência dos remadores. ( foto Newton Ribeiro)
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sábado, 29 de novembro de 2008
Outro mastro quebrado
O Squallus ( na foto velejando calmamente ao largos dos molhes da barra) é um Microracer 19 que, na "brisa" de 48 nós do vendaval quebrou o mastro. Eis o relato do comandante Oberdan:
"Caro Paulo, este é o relato do que aconteceu no dia 8 de novembro de 2008. Eu sabia que ia entrar vento forte de sul, queria voltar surfando fui até o TECON e entrei no saco do pescador.
No fundo do saco do pescador estavam o Colibri, o Libertad e o Nonô com o Malacara2. Estava muito abafado sem vento nenhum, o meu plano era tirar uma siesta antes de retornar mas ia cozinhar dentro do barco.
Resolvi retornar para o clube, encalhei na saída do saco antes da torre de energia elétrica por falta de vento ( a correnteza já tinha virado estava de enchente e bem forte).
Levantei a bolina e desencalhei, mas não baixei toda.
Quando cheguei no meio do canal e coloquei o barco em popa, entrou uma rajada bem forte que fêz o barco orçar o leme não obedecia.
Seguindo o meu critério (depois do segundo cavalo de pau eu baixo a genôa) fui baixar a genôa, aproei o barco e soltei o cabo. O vento estava tão forte que a vela não descia, fui até a proa sentei no chão e comecei a baixar a vela.
O barco começou a orçar e virou, não tive tempo de fazer nada.
A bolina correu para dentro e fêz o barco virar com o mastro para baixo.
Os pescadores que estavam entrando fugindo do temporal me socorreram em massa, tinha uns seis barcos ajudando, me levaram para o raso e desviraram o barco; foi uma briga para tirar a água de dentro porque minha popa é aberta.Na rajada vinha uma areia que ardia a pele.
Depois de fazer flutuar novamente me rebocaram para o clube e ainda foram resgatar o Omega, um marreco que estava sem vela e sem motor ancorado em frente ao cemitério do Norte,.
A solidariedade dos pescadores é impressionante, tinha desde guris a velhos dentro a água ajudando, ninguém cobrou nada.
Quando estávamos retornando já com o barco seco por dentro, eu começei a tremer de frio, (aquele calafrio que não dá para evitar , depois de algumas horas molhado) , o pescador que estava me ajudando resolveu me emprestar o blusão, por mais que eu insistisse que não precisava ele tirou e me fez colocar.
É um contraste muito grande porque eu não sei se faria por eles o que fizeram por mim, ainda me convidaram para ir na casa deles que seria muito bem vindo.
Assim que voltar a navegar vou procurá-los e marcar um churrasco por minha conta para agradecer.
No dia seguinte quando estava no clube desmontando o barco começaram a chegar os barcos que ficaram abrigados em São José do Norte. O Aúreo e o Fossati no Linha Neutra, o Euclides no Omega, o Menezes no Nautilus e outros...
Mas felizmente entre mortos e feridos salvaram-se todos."
No fundo do saco do pescador estavam o Colibri, o Libertad e o Nonô com o Malacara2. Estava muito abafado sem vento nenhum, o meu plano era tirar uma siesta antes de retornar mas ia cozinhar dentro do barco.
Resolvi retornar para o clube, encalhei na saída do saco antes da torre de energia elétrica por falta de vento ( a correnteza já tinha virado estava de enchente e bem forte).
Levantei a bolina e desencalhei, mas não baixei toda.
Quando cheguei no meio do canal e coloquei o barco em popa, entrou uma rajada bem forte que fêz o barco orçar o leme não obedecia.
Seguindo o meu critério (depois do segundo cavalo de pau eu baixo a genôa) fui baixar a genôa, aproei o barco e soltei o cabo. O vento estava tão forte que a vela não descia, fui até a proa sentei no chão e comecei a baixar a vela.
O barco começou a orçar e virou, não tive tempo de fazer nada.
A bolina correu para dentro e fêz o barco virar com o mastro para baixo.
Os pescadores que estavam entrando fugindo do temporal me socorreram em massa, tinha uns seis barcos ajudando, me levaram para o raso e desviraram o barco; foi uma briga para tirar a água de dentro porque minha popa é aberta.Na rajada vinha uma areia que ardia a pele.
Depois de fazer flutuar novamente me rebocaram para o clube e ainda foram resgatar o Omega, um marreco que estava sem vela e sem motor ancorado em frente ao cemitério do Norte,.
A solidariedade dos pescadores é impressionante, tinha desde guris a velhos dentro a água ajudando, ninguém cobrou nada.
Quando estávamos retornando já com o barco seco por dentro, eu começei a tremer de frio, (aquele calafrio que não dá para evitar , depois de algumas horas molhado) , o pescador que estava me ajudando resolveu me emprestar o blusão, por mais que eu insistisse que não precisava ele tirou e me fez colocar.
É um contraste muito grande porque eu não sei se faria por eles o que fizeram por mim, ainda me convidaram para ir na casa deles que seria muito bem vindo.
Assim que voltar a navegar vou procurá-los e marcar um churrasco por minha conta para agradecer.
No dia seguinte quando estava no clube desmontando o barco começaram a chegar os barcos que ficaram abrigados em São José do Norte. O Aúreo e o Fossati no Linha Neutra, o Euclides no Omega, o Menezes no Nautilus e outros...
Mas felizmente entre mortos e feridos salvaram-se todos."
terça-feira, 25 de novembro de 2008
O Kauana "ferido"
O fim de semana trouxe ventos e chuvas muito fortes, com conseqüências muito grandes, algumas inclusive trágicas em Santa Catarina.
Na região de Porto Alegre quem não resistiu foi o Kauana do Angonese.
Depois de muitas milhas navegadas durantes os 14 dias da “expedição” Rumo Sul:La Merin 2008, foi “ferido” navegando rumo à Itapoã quando o mastro quebrou. Como descreve o próprio Angonese:
Dali a pouco TÁU!! Dobra a ponta de cima para BE e começa a despencar tudo
lentamente. Só vi meu 13º afundando... Sem pânico, tripulação safa, com
calma amarramos o mastro para não cair mais pra dentro d'água.
Na região de Porto Alegre quem não resistiu foi o Kauana do Angonese.
Depois de muitas milhas navegadas durantes os 14 dias da “expedição” Rumo Sul:La Merin 2008, foi “ferido” navegando rumo à Itapoã quando o mastro quebrou. Como descreve o próprio Angonese:
Dali a pouco TÁU!! Dobra a ponta de cima para BE e começa a despencar tudo
lentamente. Só vi meu 13º afundando... Sem pânico, tripulação safa, com
calma amarramos o mastro para não cair mais pra dentro d'água.
Mas, felizmente " Não houve maiores estragos. Velas sairam ilesas (...)
O que aconteceu: ferragem (uma mísera e fina chapa, coisa muito
vagabunda) que prende o brandal de força no mastro, lado de bombordo,quebrou"
Logo o Kauana, portanto, deve estar retomando seu posto de vanguarda na vela gaúcha
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Navegando a motor, reencontrando velhas histórias
Está certo que sejamos do partido dos veleiros mas há momentos em que uma boa navegada num bote de pesca também tem o seu atrativo. Principalmente se o objetivo é ir, no menor tempo possível, da Colônia de Pescadores Z-3 até a Ilha da Feitoria. Na ilha reencontros com a paisagem irretocável e velhas histórias. Oportunidade, também, de discutir um projeto visando utilizar energia elétrica nos lampiões utilizados para
atrair o camarão para a rede. Nas fotos, momentos desta incursão. Na primeira, vista da Capela, na segunda integrantes da equipe (Prof.Idilio, Prof.Lúcio e Beto da Z-3) com morador da ilha e, na última, eu próprio ao lado de um panelão de metal, emborcado, utilizado antigamente para cozinhar o bagre e obter óleo para conservação das embarcações, e que lembra muito, à uma certa distância, o dorso de um grande animal marinho.
atrair o camarão para a rede. Nas fotos, momentos desta incursão. Na primeira, vista da Capela, na segunda integrantes da equipe (Prof.Idilio, Prof.Lúcio e Beto da Z-3) com morador da ilha e, na última, eu próprio ao lado de um panelão de metal, emborcado, utilizado antigamente para cozinhar o bagre e obter óleo para conservação das embarcações, e que lembra muito, à uma certa distância, o dorso de um grande animal marinho.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Veleiro "misterioso"
Final de tarde. Estou em Pelotas, na Barra do São Gonçalo, em companhia do Portinho e do Geraldo, quando passa esta "máquina" entrando no canal. Não chega no Saldanha da Gama. Parece-me conhecido mas não chegamos a identificá-lo (só mais tarde, com a ajuda de meu filho Giacomo, creio desvendar o "mistério"). O que me parece familiar são as escotilhas na altura do casco. Leva um inflável na proa. Já identificaram?
"Brisa" mais forte
O último fim-de-semana, no sábado, trouxe fortes ventos que causaram algum sobressalto aos barcos que estavam navegando. Em Rio Grande houve alguns estragos ( até capotagem) e, para alguns, que andavam pelos lados da barra, o mais prudente foi buscar abrigo na Quinta Secção e deixar passar os ventos que alcançaram rajadas de 45 nós.
Em Pelotas o veterano comandante Chico Caruccio andou meio atrapalhado a bordo do Caprice
Na foto a “esquadra” capitaneada pelo Colibri, protegida do tempo no meio de barcos pesqueiros. A bordo o Pingo, intrépido marujo dos setes mares, dá as ordens .
Enquanto isto, no domingo, em terra, outro furacão, o xavante, varreu o adversário por dois a zero...
Em Pelotas o veterano comandante Chico Caruccio andou meio atrapalhado a bordo do Caprice
Na foto a “esquadra” capitaneada pelo Colibri, protegida do tempo no meio de barcos pesqueiros. A bordo o Pingo, intrépido marujo dos setes mares, dá as ordens .
Enquanto isto, no domingo, em terra, outro furacão, o xavante, varreu o adversário por dois a zero...
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
"Oncas e Orcas"
Dou-me conta, quando disse que a lista de animais a bordo deveria ser maior do que se imagina, que o tema pode ser muito rico dentro da linha de se tentar entender as razões que podem tornar "sair de barco" uma espécie de extensão de nossas vidas particulares a ponto de se constituir num "sonho" de muitos literalmente morar no barco.
E o tema se torna especialmente cheio de desdobramentos e aspectos dignos de observação quando se percebe a capacidade destes animais em se adaptarem, de modo por vezes tão integral, a estas condições.
Vejam só esta descrição do Newton sobre seu cãozinho: " o Pingo conhece toda a Lagoa Mirim e dos Patos,inclusive todas as semanas de turismo no Cebollati e os Encontros da Vela em São Lourenço,gosta muito da Ilha Grande e do Piratini pois sai no rastro dos capinchos como se fosse um grande caçador .Dorme nos beliches de sotavento quando navega a vela ,e quando toca o alarme de ligar o motor fica bem doidinho : é porque vamos navegar. Sobe e desce do trapiche sózinho melhor que nós,não incomoda em nada, beleza"
Para enriquecer a galeria, dois novos "personagens" : o Oncas ( mais abaixo) embarcado com o Joel e a Orca ( bem acima) que acompanha o Miguel Sanchis(parceiro do Conjuminando) . A Orca, por sinal, quebra o paradigma de cães pequenos e pode facilmente ser confundida com mais um tripulante...
"Pingo"
O Angonese, espécie de relações exteriores do "hemisfério sul" do Estado, envia a foto ao lado e lembra do "Pingo, o cãozinho embarcado do Colibri, Cmte Newton Ribeiro - RGYC. Aquele é muito safo. Um pincher bem velhinho, já cego de um olho. Incrível a habilidade com que caminhava no trapiche, sem enfiar as mini-patas nos vãos."
Na realidade, não é difícil dar-se conta, a lista de animais a bordo deve ser maior do que se imagina a reforçar que a vela também pode ser um modo de vida se entremeando às relações sociais, culturais e ecônomicas de uma sociedade. Olhando sob este aspecto, a presença dos animais passa a ser um fato natural. O que vai ser difícil de ver são cães, por exemplo, participando de regatas. Bem, mas não é de duvidar... Qualquer hora, bem pode aparecer alguém cometendo esta maldade...
Na realidade, não é difícil dar-se conta, a lista de animais a bordo deve ser maior do que se imagina a reforçar que a vela também pode ser um modo de vida se entremeando às relações sociais, culturais e ecônomicas de uma sociedade. Olhando sob este aspecto, a presença dos animais passa a ser um fato natural. O que vai ser difícil de ver são cães, por exemplo, participando de regatas. Bem, mas não é de duvidar... Qualquer hora, bem pode aparecer alguém cometendo esta maldade...
"Chico", o marinheiro
A companhia de animais em embarcações é um capítulo a parte nos relatos de navegadas.
Consta que havia 14 animais a bordo do Titanic dos quais dois ou três, cães, sobreviveram.
Fico sabendo da cadela Geléia e do cão Walter , este último tripulante do Lumar. Mas há inúmeros outros casos, incluindo também gatos.
Podemos acrescentar a esta lista, o cãozinho Chico (foto) tripulante do Mormaço ancorado em Jaguarão.
Conseguir conciliar a dedicação a um animal com navegar, parece tratar-se de uma arte que mexe com nossos sentimentos.
Só é preciso tomar cuidado com os animais elegidos.
É bom, por exemplo, que não se tratem de papagaios ou répteis. Ou espécimes exóticos.
Voltando ao Lumar, se decidir arriscar-se por águas internacionais, o que não é de duvidar, deve estar atento às regras de alguns países. Na Austrália, por exemplo,(regra que deve ser seguida pela maioria dos países) os animais levados a bordo estão sujeitos a uma série de restrições que inclui não poderem descerem do barco.
Neste caso, além do incômodo, de pouco adiantariam os conhecimentos de inglês do Walter.
Consta que havia 14 animais a bordo do Titanic dos quais dois ou três, cães, sobreviveram.
Fico sabendo da cadela Geléia e do cão Walter , este último tripulante do Lumar. Mas há inúmeros outros casos, incluindo também gatos.
Podemos acrescentar a esta lista, o cãozinho Chico (foto) tripulante do Mormaço ancorado em Jaguarão.
Conseguir conciliar a dedicação a um animal com navegar, parece tratar-se de uma arte que mexe com nossos sentimentos.
Só é preciso tomar cuidado com os animais elegidos.
É bom, por exemplo, que não se tratem de papagaios ou répteis. Ou espécimes exóticos.
Voltando ao Lumar, se decidir arriscar-se por águas internacionais, o que não é de duvidar, deve estar atento às regras de alguns países. Na Austrália, por exemplo,(regra que deve ser seguida pela maioria dos países) os animais levados a bordo estão sujeitos a uma série de restrições que inclui não poderem descerem do barco.
Neste caso, além do incômodo, de pouco adiantariam os conhecimentos de inglês do Walter.
domingo, 9 de novembro de 2008
Movimentação Inusitada
O simpático e agradável Iate Clube de Jaguarão tem tido uma movimentação inusitada.
Neste fim de semana partia de volta para Pelotas o Relax ( agora sem a nossa cobertura jornalística com o Geraldo de tripulante) e, quase simultâneamente, chegava o Mareblu com a Tina e o Comodoro do Jangadeiros a bordo. Ancorado no trapiche ao lado do Mareblu já estava a alguns dias o Swan de Porto Alegre.
Mas a partir de agora talvez sejam menos frequentes os navegadores a atravessarem a Mirim e virem até Jaguarão. O rio já apresenta claros sinais de perder volume de água ( em parte provocado pelos levantes dos arrozais) e apenas os veleiros de quilha retrátil podem se sentir mais à vontade de navegar.
Por falar em visitantes do ICJ descubro o registro do Viver os Rios de meu amigo Jorge Badia que percorreu a Mirim num pequeno bote. Mas isto é outra história...
Neste fim de semana partia de volta para Pelotas o Relax ( agora sem a nossa cobertura jornalística com o Geraldo de tripulante) e, quase simultâneamente, chegava o Mareblu com a Tina e o Comodoro do Jangadeiros a bordo. Ancorado no trapiche ao lado do Mareblu já estava a alguns dias o Swan de Porto Alegre.
Mas a partir de agora talvez sejam menos frequentes os navegadores a atravessarem a Mirim e virem até Jaguarão. O rio já apresenta claros sinais de perder volume de água ( em parte provocado pelos levantes dos arrozais) e apenas os veleiros de quilha retrátil podem se sentir mais à vontade de navegar.
Por falar em visitantes do ICJ descubro o registro do Viver os Rios de meu amigo Jorge Badia que percorreu a Mirim num pequeno bote. Mas isto é outra história...
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Aviso aos Navegantes
Repasso informação do Comandante Newton sobre a existência de um obstáculo constituído por uma árvore encalhada situada no rio Jaguarão bem próximo da margem brasileira nas coordenadas 32º37'52,4" S 53º13'53,8"W, datum WGS84. O obstáculo pode ser evitado navegando a meio de rio mas, desconhecendo-o, corre-se o risco de abalroá-lo como ocorreu, segundo consta, com o veleiro Walhala no início do ano. E aproveito para incluir, ao lado, foto enviada pelo Otaviano, com o Farol da Ponta Alegre ao fundo.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
447 milhas nauticas, 90 horas depois
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