quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Inca 2000, Agonia de um Veleiro

Abandonado, jogado em meio a detritos em uma ocupação às margens do Canal São Gonçalo em Pelotas, é difícil imaginar que o barco trata-se do veleiro Inca 2000 pertencente ao falecido Alfredo Bercht sempre presente, com premiações, nas regatas em Porto Alegre. No registro abaixo consta sua participação em uma regata na década de 80. Posteriormente, já esquecido em terra, foi trazido, doado, de Porto Alegre pelo fotógrafo Nauro Júnior que conseguiu recuperá-lo parcialmente mas, mais adiante, acabou colocando-o à venda. Desde então sua decadência foi muito rápida até vir parar num ancoradouro de botes de pescadores onde foi ao fundo. Retirado da água foi jogado no local da foto, em meio ao lixo, para terminar seus dias. Uma cena muito triste especialmente para quem acredita que os barcos tenham uma espécie de espiritualidade, de vida própria.




11 comentários:

  1. Amigo Paulo!É muito triste o fim do Inca, eu que o conheci nos bons tempos, acho que este fim nenhum velejador quer para seu barco. Vendo isso morremos um pouquinho com ele, ainda mais quem acredita que barco tem "alma", como eu; que fim inglório teve esse racer... abraços e bons ventos.

    Cmte. Newton

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  2. Newton, tens alguma coisa a contar deste barco? Sua condição é dolorosa...

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    1. gostaria de saber se o veleiro inca 2000 ainda se encontra em estado de abandono, que me informasse quem e o responsavel por ele, gostaria de recupera-lo em seu estado original e se alguem tem fotos dele nos seus tempos de gloria e onde ele se encontra hoje, fico no aguardo de uma resposta abraço (viomarfiberglass@hotmail.com)





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    2. Viomar, para minha surpresa tiraram o veleiro deste local e fui encontrá-lo, bem distante, na calçada de uma oficina numa praia próxima. Ainda não tenho outras informações mas tudo indica que para algum tipo de recuperação. Mas, certamente, não seria mais como veleiro.

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  3. Conheci essa família há muitos anos. Meu pai era amigo do Fredy, e minha mãe amiga da mulher dele, isso lá em 1967. Conheci todos os Incas; desde o Charpe o primeiro Inca grande com 35 pés, ao último um Nicholson 43, todo vermelho muito lindo.O Inca 2000 é um projeto do Mario Bercht, um desenho arrojado para a época, se não me engano venceu sete Trofeus Seival. Ganhou inúmeras regatas e campeonatos ,mas a memória dos Clubes são fracas,é muito difícil encontrar matéria sobre esses barcos, por sorte temos uns sites como o flotilha para manter viva nossa memória, e que não fiquem no esquecimento coisas como esta, em que Fredy foi um regatista nato, e incomodou muita gente que pensa que sabe navegar; por isso ficam no esquecimento de próposíto para que seja esquecido mesmo. Estes velejadores estarão sempre no meu coração,onde a história não se apaga! Quem sabe... um dia possamos velejar juntos, lá encima, em outros mares , e ter o privilégio de estarmos juntos de novo . Um grande abraço e até uma pröxima!Bons ventos!!

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  4. Prezado Paulo, recordo dos tempos de guri, nos idos de 1980, quando sentado no trapiche do Iate Clube de São Loureço, chimarreava junto com a turma da vela e ficava atento aos comentários trazidos à pauta sobre barcos e regatas, pois naquela época não tínhamos essa facilidade de informações do mundo da vela que a internet propicia nos dias de hoje, e o nome de barcos como o Inca 2000, Madrugada, Tuchaua, Ressaca, Xerife, Aventura e outros tantos que me fogem à memória eram endeusados pelos seus feitos. Infelizmente concordo com o Cmt Newton, que diz que nossos clubes não cultuam a memória de seus barcos. Acredito que um barco desses poderia ter sido salvo do lixão se fosse doado ou vendido oportunamente. Temos vários exemplos de barcos "regateiros" que foram salvos do lixão por pessoas que os transformaram em "cruzeiro", como o Aeon, o Madrugada, e até o próprio Colibri, do Cmt Newton, entre outros...
    Forte abraço!
    Estou em Manaus-AM, mas acompanho o "Flotilha"!
    Selva!

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    1. Nonô, creio que te engana em relação a alguns de teus comentários.
      O Aeon estava em ótimo estado, velejando, um ano antes de ser vendido tirou segundo lugar no Troféu Conesul.
      Absurdo foi o que o novo dono fez com ele.
      Lamentável.

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  5. Nonô, não imaginava que estavas tão longe. O barco ficou em Jaguarão? Muito pertinente tua lembrança das notícias que chegavam sobre estes veleiros idolatrados. Um deles, o "Vega" está comigo, por enquanto dentro de um galpão, mas muito bem guardado. É um dos poucos que remanesceram.

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    1. Aproveito para perguntar,a revista Velejar chega em Manaus? No último número tem uma matéria nossa sobre o Crucero de la Amistad.

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    2. Prezado amigo Paulo, aqui em Manaus encontrei a revista "Náutica", mas sinceramente não procurei pela "Velejar". Na próxima vez que for a uma banca vou perguntar se tem e te aviso. Fico sempre navegando pelo "Flotilha", "Popa", "Confraria da Lagoa", "RGYC" e outros sites onde busco notícias dos Mares de Dentro, bem como sempre procuro bater papo com os amigos da vela, como o Roberto Couto, de Jaguarão, ou com o Duduca, de Porto Alegre, assim fico sempre atualizado, ehehehehe. Aqui em Manaus encontrei a revista Manaus Marine (www.manausmarine.com.br) que tem matérias sobre a região amazônica e sobre lanchas. Fui conhecer as marinas, mas aqui não conhecem veleiros, infelizmente não se encontra nem um monotipo sequer, nem prancha a vela ou kitesurf. Acho que pelas condições climáticas, com pouco vento. Mas, no meu ponto de vista o Rio Negro é perfeito para se navegar, sempre corre um ventinho entre 4 a 8 nós e tem pouca correnteza. É um rio relativamente extenso, profundo e largo. Possui muitas praias com areias brancas e que só se chega de barco.
      O meu Malacara ficou no RGYC aos cuidados dos amigos Fernando (Felele), Volmar (Tai Chi), do Newton (Colibri) e do marinheiro Eleandro.

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  6. Tempos idos, em 1985/86 havia em Manaus, sobre uma barranca do Rio, um BMR! na época foi o único barco a vela que vi na região. Richard

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