O primeiro veleiro a gente jamais esquece.
Em algum lugar de nossas reminiscências sua lembrança estará guardada para sempre entre as que nos são mais caras: a primeira bicicleta, as férias na praia com os pais, a primeira namorada, o time de futebol com os amigos da infância. São lembranças puras, de um momento em que o mundo ainda é um território que, embora o desconhecimento, não hesitamos em enfrentar em todos os seus perigos.
O primeiro veleiro pode até não ter sido nosso. Mas mesmo o velereizinho da escola, algum optimist meio maltratado por ter passado por tantas mãos, tem em nossa memória um lugar guardado com carinho.
Como esquecer os momentos vividos em sua companhia, as cambadas, as ondas enfrentadas, como esquecer a primeira capotagem!
Com o tempo, porém, já não capotamos tanto e o primeiro veleirozinho dá lugar a outros maiores.Que vamos amar também e podem até se tornar uma espécie de segunda casa , isto quando não nos mudamos definitivamente para eles.
A lembrança, no entanto, do primeiro veleiro´se sobrepuja a todas as outras e em certos momentos, quando ela inesperadamente, por qualquer motivo, ressurge em nossa mente, não podemos evitar que uma lágrima guardada no fundo de nossa alma, escape para a luz do mundo e possa até ser percebida por alguém mais íntimo e atento.
Afinal, o primeiro veleiro a gente não só não esquece como não volta mais
( a foto acima, que me inspirou esta crônica, é do primeiro veleiro do amigo Luiz Antônio S. da Silva , comandante do veleiro Donga , um micro racer 19, e grande apreciador de barcos)
Olá, Paulo
ResponderExcluirTenho indicado para amigos para que leiam a crônica que fizeste no teu site, todos acharam muito legal.
Obrigado /Luiz
Luiz, eu é que agradeço. Afinal a inspiração nasceu desta belíssima foto que está no teu blog. A propósito, quem está na foto,saberias dizer o ano em que foi batida?
ResponderExcluirMuito legal o texto. Muito bem escrito. É impossível ler, sem lembrar da infância e das primerias experiências.
ResponderExcluirJefferson, como disse me inspirei na foto do amigo Luiz, muito evocativa da infância e convidativa a se "navegar" no tempo.
ResponderExcluirQue beleza!
ResponderExcluirCaro Paulo,parabéns pelo belo texto sobre "o 1º veleiro".Ainda mais quando ilustrado por esse "guerreiro" Duduca,incentivador da vela e das coisas do mar.
Espero que sirva para contagiar novos adeptos a um esporte, ou talvez diria, a um estado de espírito,tão pouco prestigiado.
Abraços!
Nonô/Malacara
Só me deixei viajar pela riqueza da foto... se o texto não tivesse saído mínimamente à altura do que ela transmite jamais me perdoaria...
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