Barcos são barcos. Movidos a pano ou pela impulsão de motores, tem o poder de nos encantar pela magia de flutuarem. Além disto, mesmo quando produzidos em série, alcançam cada um deles uma personalidade própria. Por isto cada um tem o seu nome. Nomes de lugares, de ventos, de mulheres, de seres mitológicos, nomes os mais diversos e, às vezes, surpreendentes. Por isto sempre causa tristeza ver chegar ao fim a existência de um barco. Alguns naufragam e tem a morte trágica mas honrada de sucumbir no mar. Outros desaparecem esquecidos em algum ancoradouro. Mas a morte mais triste para um barco creio que seja o sucateamento. Tres dos barcos que há muitos anos "enfeiavam " a doca que fica na entrada da cidade de Porto Alegre, pertencentes à Petrosul - Laranjal, Porteiras e Pernambuco - foram transferidos para as docas do Parque Náutico, no Cais Marcílio Dias e pelo menos uma dessas três embarcações seria reformada para ser utilizada no transporte de granéis. O destino das outras, no futuro, não se sabe. Por enquanto seguem, amparadas pelos rebocadores pois não tem forças próprias, este cortejo melancólico pelas águas do Guaíba até o novo destino.
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