quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Explorando o Sangradouro

Transcrevo, a seguir, uma parte inicial das anotações feitas durante a navegada, entre os dias 7 e 10 de novembro, do veleiro Relax tripulado por Luis Portinho ( comandante) e Paulo Baptista autor do texto..

7 de novembro de 2010/ sábado
Saímos de Pelotas as 14 h 15 min para pegar a última eclusa às 18 horas (horário de verão).
Chove, uma chuva fina que, segundo a previsão, seria uma das últimas manifestações de mau tempo depois de vários dias de chuvas e ventos muito intensos causadores de grandes prejuízos na cidade e no estado.
Ao chegar ao trapiche encontro o Portinho envergando um exuberante conjunto de jaqueta e túnica de chuva de um azul bem vistoso.
Embarcamos em seguida e zarpamos sem demora.
Subindo o São Gonçalo em direção à ponte, sob chuva, em condições nas quais dificilmente se veria alguém navegando , em vestimentas náuticas com os capuzes puxados sobre os rostos, poder-se-ia pensar que estávamos a caminho de uma grande aventura...
Passamos pelas pontes ferroviária e rodoviária às 17 h sempre motorando para enfrentar vento e correnteza contrários e chegar na eclusa anges das 18 h.
Chegamos dez minutos antes, amarramos o barco no costado pelo lado de fora mas, mal tínhamos nos acomodado, aparece um funcionário pedindo que nos afastássemos pois estavam limpando a eclusa dos aguapés.
Decidimos, então, ficar motorando pela volta enquanto a comporta já ia se abrindo e uma grande massa de aguapés começou a se deslocar para fora.
Quando já dava passagem entramos para cumprir o ritual de esperar a abertura da outra comporta.

Já livres da eclusa , como a tarde continua chuvosa e muito nublada, decidimos procurar um abrigo bem próximo para seguir no dia seguinte, escolha que acabou recaindo no arroio Padre Doutor
À noite o tempo, conforme a previsão, começou a melhorar e já foi possível ver o céu estrelado e a lua minguante bem no alto. No horizonte de um lado podia-se ver luzes de habitações e, de um outro, um clarão que lembrava uma grande fogueira. Era Pelotas e parecia como se a cidade estivesse em chamas presa de um grande incêndio. ( SEGUE)
LEIA:
Relato do Comandante Portinho

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