quarta-feira, 30 de março de 2011

Encontro da Vela 2011

Na foto enviada pelo Com.Newton , do Colibri, vemos os veleiros tranquilamente ancorados nos trapiches do Iate Clube de São Lourenço, antes da enxurrada, durante o Encontro da Vela. O Colibri destaca-se dentro da flotilha pela cor do casco, roxo. Poucas horas após esta foto este cenário foi varrido arrastando os veleiros que tinham permanecido. Acompanhe o relato feito pelo comandante de seu retorno.

terça-feira, 22 de março de 2011

São Lourenço, a semana seguinte

Decorrida a primeira semana após a enxurrada em São Lourenço, tem-se um balanço mais preciso dos estragos provocados. Por toda a parte vestígios de destruição nas residências e prédios localizados no caminho da enxurrada, que além do curso normal do arroio, vasou por um segundo rumo que atravessou boa parte da cidade desaguando na praia da Barrinha. Na cena da foto seguinte, pode-se ver o Iate Clube com os trapiches totalmente destruídos e, espalhados, alguns dos poucos barcos que permanecem na água .

Talvez o veleiro que tenha ficado mais incólume, é o Diadorim ( foto abaixo) pois assim que as águas baixaram permanecia no mesmo lugar conforme se pode verificar no vídeo postado em 11 de março.
A mesma sorte não teve o veleiro Aragano ( foto a seguir) que permanece encima do barranco com o mastro quebrado. Os veleiros Horos e Carumbé não foram encontrados e o Ringo, embora encontrado , tem um resgate dificil e muitos estragos.
Por outro lado, na margem oposta do arroio, onde estão localizados os estaleiros, talvez se possa dizer que os prejuízos foram ainda maiores pois implicou na perda, além de embarcações, também de equipamentos e matéria prima, paralisando as atividades de construção naval e de pesca. Na foto, em que se vê uma embarcação que foi jogada em terra, cena da atividade de limpeza e recuperação de equipamentos.
Mas das inúmeras marcas que a enxurrada deixou em sua passagem, talvez nenhuma se mostre tão exemplar da violência do fenômeno quanto o valo que abriu na praia da Barrinha. Segundo a versão de alguns moradores as águas teriam retomado um antigo curso anteriormente existente.
Não sei se procede mas observando o rumo que as águas tomaram até desembocar com tamanha força na praia, é de se dar crédito.
Mas a corajosa São Lourenço, berço de tantos navegadores, refazendo-se do choque, apresenta por todos os lados sinais de retomada das atividades normais. O bote de pescadores rumando na direção da barra para sair na lagoa, parece-me uma imagem bem apropriada para dar uma idéia desta superação.

sábado, 12 de março de 2011

São Lourenço, Imagens da Destruição

As fotos a seguir, enviadas pelo flotilhense Mário da Rocha, registram in loco a destruição provocada no Iate Clube de São Lourenço pelo aluvião que desceu pelo arroio. Aos poucos o balanço do prejuízo vai sendo feito entre barcos que permaneceram amarrados na área do clube e estão sendo acomodados, outros que levados para a lagoa estão sendo trazidos e, ainda outros, ou que estão ainda sem condições de resgate ou, até mesmo, ainda não foram encontrados. Vale ressaltar que embora tenhamos nossa atenção voltada para a sorte particularmente dos veleiros, se o dano provocado neles é grande para os proprietários, no caso dos pescadores e dos estaleiros que tiveram perdas ainda maiores ou até total, a situação está significando hoje a subtração do próprio meio de sustento.







sexta-feira, 11 de março de 2011

Um "tsunami" em São Lourenço


Apenas dois dias após a realização do tradicional Encontro da Vela de São Lourenço , que parece reencontrar o atrativo de antigamente, quando alguns barcos participantes ainda permaneciam ancorados no trapiche do Iate Clube, o inesperado. Uma enxurrada formada nas nascentes em razão de fortes chuvas, desceu o arroio São Lourenço levando por diante, exatamente como um tsunami, tudo que encontrou pela frente. Como consequência todas as embarcações e instalações, estaleiros entre elas, que ficam nas margens do arroio foram na maior parte arrastadas, destruídas ou seriamente afetadas. Os veleiros amarrados no Iate Clube, mais de duas dezenas, à exceção de uns poucos, foram arrastados até dentro da Lagoa. As informações no início incompletas, aos poucos, com as águas já baixando, permitiram se ter uma idéia dos prejuízos e os veleiros começaram a ser resgatados com danos de menor ou maior monta. O vídeo a seguir , feito é importante ressaltar no momento em que as águas já estavam baixando, é um dos registros mais eloquentes da força da enxurrada permitindo ver claramente o vazio que ficou no ancoradouro do Iate Clube.


video postado no youtube por kitecassinero

terça-feira, 8 de março de 2011

David e Golias

Há imagens que são carregadas de significados. Esta, especialmente, registra um surpreendente contraste entre duas embarcações inteiramente distintas. Um cargueiro, de milhares de toneladas e um veleiro, nem tão pequeno, mas um anão em termos comparativos.
O veleiro apenas passa ao largo do naufrágio aparentemente sem ter nada a ver com o fato. Mas é como se, naquele momento, David e Golias se enfrentassem e enquanto David seguisse em frente, mantendo seu rumo, Golias sucumbisse vítima de seu próprio tamanho, de seu próprio peso.
Mas embora a imagem possa ter este simbolismo também há outros mais prováveis. O veleiro poderia estar, no caso do cargueiro ainda manter tripulantes a bordo, na expectativa de um resgate. Afinal são inúmeras as vezes em que navios mercantes socorrem velejadores em apuros e o veleiro talvez estivesse procurando, dentro de seu alcance, retribuir esta camaradería do mar.

domingo, 6 de março de 2011

Um Bruma na Refeno

Em o Bruma se tratando do Entrevero do comandante Pires a participação talvez não fôsse tão surpreendente.
Trata-se, no entanto, apenas de um engano do site da regata que coloca a foto acima, do Entrevero , tranquilamente ancorado em algum canal da Mirim, como sendo do veleiro Rebojo, este sim participante da regata.
Quem quiser conferir acesse http://www.refeno.com.br/refeno/participantes_detalhes.php?id=49 . Como tripulantes estão relacionados Antônio José Moreira Azambuja e Carlos Wilson Leinhardt Vera o qual, infelizmente, veio a falecer algum tempo depois do retorno a Jaguarão.